Em um de seus textos reunidos neste livro Carlos Heitor Cony fala de seus desejos na infância, e diz que descobriu um mundo sucedâneo (substituível), bem às avessas das historinhas infantis. "Um dos desejos de minha infância foi habitar um palácio como o da Bela e da Fera, evidente que sem a fera, tinha tudo do bom e do melhor naquele palácio, as luzes se acendiam à passagem da moça, a mesa estava sempre posta, havia solidão e silêncio, ninguém enchia o saco dela, a fera providenciava tudo e ainda fazia o favor de não aparecer, não queria assusta-lá" (Carlos Heitor Cony).
È desse jeito, combinando inteligência, humor, um olhar atento e um texto ao mesmo tempo rico e coloquial, que o escritor mostra o passado e as expectativas para o futuro nas suas crônicas. Os temas vão da internet ao ciúme entre irmãos, do rock à fascinação de uma menina por conchas do mar. São assuntos variados, sobre os quais o autor se abraça com a sensibilidade e inquietude que são os principais ingredientes para um bom autor, ele nos transporta para um mundo cheio de vantagens o qual o destino final não será a Groenlândia e sim um lugar repleto de poesia e curiosidade.
Carlos Heitor Cony, nasceu no Rio de Janeiro, passou a juventude em um seminário, abandonou a vida religiosa para ingressar numa faculdade de filosofia e, em seguida, aos 20 anos, começou a trabalhar como jornalista. Eleito para a academia Brasileira de letras em 2000, ele é um dos nomes consagrados da literatura brasileira contemporânea, tendo ganhado quatro vezes o prêmio jabuti. Além de romances como quase memória e pessach ; a travessia, é autor de livros de crônicas, ensaios biográficos e adaptações de clássicos universais. Colunista da folha de São Paulo, tem textos seus publicados em diversos jornais do país.
Por: Anna Karlla B. de Almeida
Carlos Heitor Cony, nasceu no Rio de Janeiro, passou a juventude em um seminário, abandonou a vida religiosa para ingressar numa faculdade de filosofia e, em seguida, aos 20 anos, começou a trabalhar como jornalista. Eleito para a academia Brasileira de letras em 2000, ele é um dos nomes consagrados da literatura brasileira contemporânea, tendo ganhado quatro vezes o prêmio jabuti. Além de romances como quase memória e pessach ; a travessia, é autor de livros de crônicas, ensaios biográficos e adaptações de clássicos universais. Colunista da folha de São Paulo, tem textos seus publicados em diversos jornais do país.
Por: Anna Karlla B. de Almeida
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